Maskne: o que é e como evitar a acne causada pelo uso da máscara
A pandemia do novo Coronavírus trouxe uma série de mudanças e novos hábitos para a vida das pessoas: alteração no sono, na alimentação, nas emoções, sem falar no uso da máscara, um item de proteção indispensável.
Com isso, pode ser que você tenha reparado também em alterações na sua pele e quem sabe até no surgimento de espinhas na região do queixo, nariz e bochechas, área que fica coberta pela máscara. Talvez você nem saiba, mas o problema tem se tornado comum e ganhou até um nome: ‘maskne’, uma junção das palavras máscara (mask em inglês) e acne.
O que causa a maskne?
Mas será que a máscara é realmente a responsável por isso? De acordo com dermatologistas, esse tipo de acne surge devido ao abafamento da área coberta pela máscara. O ar quente de quando falamos ou respiramos cria um ambiente quente e úmido, fazendo com que as glândulas sebáceas aumentem a oleosidade da pele, criando um cenário ideal para o surgimento de espinhas.
Como prevenir a maskne?
No momento, deixar de usar a máscara não é uma opção, sendo assim, alguns cuidados simples no dia a dia podem ser tomados para ajudar na prevenção e no controle.
Tudo começa com uma boa rotina de cuidados e limpeza do rosto. Utilize produtos adequados para o seu tipo de pele e evite o uso de cremes grossos, dando preferência a hidratantes leves e à base de água. Ainda nessa etapa, faça uma leve esfoliação para ajudar na absorção do hidratante e não se esqueça do protetor solar!
Além da higienização do rosto, é importante também se atentar à limpeza do acessório, utilizando sempre água corrente e sabão neutro na hora de lavar.
Atente-se à escolha da sua máscara: prefira as de tecido macio, como o algodão ou o material cirúrgico, e evite aquelas feitas com material áspero e que apertam o rosto.
Para evitar a reprodução de fungos e bactérias, troque a máscara a cada duas ou quatro horas ou quando sentir que ela está úmida.
Essas são apenas algumas dicas para ajudar na prevenção da maskne, mas caso o problema persista e se torne um incômodo, o melhor a fazer é procurar um dermatologista.
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Como cultivar um relacionamento saudável com seu corpo?
Precisamos falar sobre o peso saudável, mas também precisamos lembrar que essa deve ser a consequência de um projeto de qualidade de vida e não uma finalidade restrita a um número na balança ou a uma forma inatingível. A preocupação obsessiva com uma silhueta específica foge do ideal saudável, que passa por uma alimentação equilibrada e uma vida fisicamente ativa, que proporcionam mais saúde e bem-estar.
O Saúde Brasil entrevistou Monique Pimentel, psicóloga organizacional da Maternidade Escola Januário Cicco, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), para falar sobre como manter um relacionamento saudável com seu corpo. Fazer as pazes com sua aparência pode ser um sinônimo de liberdade. Olha só!
O corpo perfeito de hoje pode não ser o de amanhã
Já reparou como a moda não vale somente para as roupas? Já tivemos a fase dos seios maiores, a do corpo mais magro, depois aquele com mais curvas, o estilo fitness e por aí vai. Vai dar para acompanhar o tempo todo? A resposta é não.
É importante sempre lembrar que cada pessoa possui uma realidade e um perfil físico. Já os padrões estéticos mudam com o tempo. Acompanhar essa saga é o mesmo que passar o resto da vida em busca de algo que, na maioria das vezes, não é fácil e nem natural para você. Sempre há mais trabalho a ser feito!
Quando a gente fala sobre um relacionamento saudável com o corpo, é muito comum ouvir que devemos nos aceitar e nos amar como somos. A psicóloga assina embaixo e ainda complementa: “O amor próprio é um exercício diário e constante. É se gostar, se valorizar, identificar suas qualidades e entender que não somos perfeitos, aceitando nossas limitações e curtindo ser quem você é.”
Você pode ser a inspiração de alguém
A mídia sempre esteve aí, a todo tempo, “ditando” os padrões de beleza. Hoje esse papel também vem sendo desempenhado pelas redes sociais. Nadando contra essa maré, a veiculação de fotos com modelos no melhor estilo “gente como a gente”, com corpos e aparência que se aproximam mais do dia a dia da maioria das pessoas, faz com que haja uma maior identificação e, por isso, mais aceitação, ensina Monique.
Mas não precisa ser uma pessoa famosa para começar esse movimento. Quando você abraça suas características, também está incentivando outras pessoas a fazerem o mesmo. Passe a ver sua beleza e a fazer elogios a si mesmo. Dê o primeiro passo no seu próprio ciclo social!
Tenha uma rotina saudável como prioridade
A chegada do verão costuma colocar ainda mais em evidência a relação com o corpo. Eis aí um dos maiores gatilhos para o início da saga em busca da silhueta ideal para entrar naquele biquíni! Mas como lembra Monique, devemos nos tornar amigos do nosso corpo e buscar saúde e bem-estar o ano todo, com equilíbrio, saúde e amor próprio.
Nesse sentido, a motivação precisa ser aliada de uma rotina saudável e sem sacrifícios. Coloque no seu dia a dia: alimentação equilibrada, uma boa noite de sono, a prática de atividades físicas prazerosas (sem a preocupação com os resultados) e encontros com pessoas que te fazem bem. Certamente essa receita vai te proporcionar um bem-estar tanto físico quanto mental!
A autoestima deve andar de mãos dadas com o amor próprio
Os dois termos parecem similares, mas há diferença sim. Monique ensina que o amor próprio está além da autoestima. A busca incessante e inconsequente pelo aumento da autoestima pode ter consequências negativas, como a ansiedade, a compulsão alimentar e a depressão. Já a busca pelo amor próprio sempre terá boas consequências.
“Você pode buscar vários procedimentos estéticos para elevar sua autoestima e, pela falta do amor próprio, continuar insatisfeito consigo mesmo. Por isso, devemos cultivar esse amor próprio que é algo mais perene e duradouro. Já a autoestima tende a ser momentânea, movida por sentimentos”.
Investir no autoconhecimento é um bom negócio!
Monique reforça que o primeiro passo para desenvolver tanto uma boa autoestima quanto o amor próprio é o autoconhecimento. Conhecer as próprias limitações, fragilidades e fortalezas ajuda a conviver e superar as sensações adversas que nos afetam.
“É preciso ser verdadeiro e leal consigo, reconhecer o próprio valor, saber seus limites, manter boas relações e entender que o amor próprio é chave de todas as relações. Se você não consegue estar bem consigo, possivelmente isso impactará em todas as áreas da vida. O mau humor, a energia negativa e a insatisfação te tornarão menos receptivo ao outro, prejudicando as relações sociais, podendo torná-lo inseguro”.
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Alimentação na gravidez: 5 dicas para balancear da forma correta.
Descubra como alguns hábitos podem contribuir para equilibrar os nutrientes e garantir que a alimentação na gravidez seja feita da forma correta.
Que a gravidez é um dos momentos mais especiais na vida de uma mulher, ninguém discorda, não é mesmo? Porém, sempre fica aquela dúvida: como manter uma dieta balanceada em nutrientes e vitaminas? Pensando nisso, listamos 5 dicas para que sua alimentação na gravidez tenha muito mais qualidade!
1) Alimentos essenciais
No período da gravidez, alguns alimentos são fontes ricas de nutrientes:
Vitamina A: Cenoura, abóbora, leite, iogurte, ovos, manga, brócolis e pimentão amarelo;
Vitamina B12: Produtos lácteos, ovos e alimentos fortificados;
Ômega 3: Óleo de linhaça, abacate, azeite de oliva extra virgem e chia;
Cálcio: Produtos lácteos, vegetais escuros e gergelim;
Ferro: Feijão, ervilha, grão de bico, ovos e cereais;
2) O que evitar?
Na contramão dos alimentos anteriores, há alguns que devem ser evitados:
Peixes com alto teor de mercúrio: Muita gente não sabe, mas peixes como o atum e o peixe-espada contém uma concentração alta de mercúrio. Essa substância pode atravessar uma barreira placentária e prejudicar uma formação neurológica do bebê.
Bebidas Alcóolicas: Consumir bebidas alcoólicas na gravidez contribui diretamente para o atraso no crescimento e desenvolvimento do bebê.
Adoçantes: costumam ser encontrados em produtos diet ou light. Podem afetar ou interferir no desenvolvimento fetal.
Alimentos mal lavados: Frutas e vegetais mal lavados são causadores de intoxicações alimentares.
3) A quantidade correta de refeições
De preferência, é importante fazer em torno de seis refeições diárias, com intervalo de 3 horas entre cada uma. Elas incluem:
– Café da manhã
– Lanche antes do almoço
– Almoço
– Lanche da tarde
– Jantar
– Lanche após a janta
4) Evitando náuseas e enjoos
Uma dica bem simples que pode evitar náuseas e enjoos, é comer uma bolacha de água e sal pela manhã. Esse tipo de bolacha possui uma quantidade maior de carboidratos que ajuda a controlar essas sensações incômodas.
Outro tipo de alimento perfeito para evitar enjoos são os cítricos. Busque consumir limão, laranja, tangerina e acerola sempre que puder.
5) Como resistir a compulsão por doces
É comum que algumas gestantes sofram com compulsão por doces ao longo de toda a gravidez. Caso esse seja o seu caso, inclua na sua dieta alimentos com triptofano. São eles:
– Cereais integrais
– Banana
– Quinoa
– Grão de bico
Seguindo essas dicas, fica manter o equilíbrio na alimentação melhor na gravidez, não é?
* Lembrando que é essencial procurar pelo auxílio de um profissional nutricionista em casos de dúvidas.
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Outubro Rosa: Qual é o papel da alimentação na prevenção do câncer de mama?
Você já ouviu falar muitas vezes da importância da alimentação adequada e saudável para a manutenção da saúde e até mesmo para a prevenção de doenças como obesidade, hipertensão e diabetes. Mas talvez ainda não tenha ouvido falar da relação que a sua comida tem com o surgimento do câncer de mama.
Muita gente se preocupa com o histórico familiar quando se fala dessa doença, e não está errado pensar assim. Afinal, o fator genético exerce um importante papel na formação de tumores. Acontece que, apesar disso, os fatores hereditários, familiares e étnicos estão relacionados a casos raros de câncer.
Para entender melhor a origem, é preciso deixar claro que a doença em si não possui uma única causa. É necessário observar os aspectos internos, como hormônios, condições imunológicas e mutações genéticas. Mas é preciso observar também os aspectos externos, que se referem àquilo que está presente no ambiente em que a pessoa está inserida.
Doença multifatorial
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), entre 80% e 90% dos casos de câncer estão associados a causas externas. O que significa dizer que as mudanças provocadas no meio ambiente pelo ser humano, os hábitos e os estilos de vida podem aumentar o risco de diferentes tipos da doença. E o câncer de mama também entra nessa conta!
O surgimento de tumores nos seios é algo que assombra e muito as mulheres em qualquer parte do mundo, afinal é o tipo mais incidente no gênero. Dados de 2018 mostram que ocorreram 18 milhões de novos casos de câncer no mundo todo, sendo o de mama o segundo mais recorrente, emplacando o expressivo número de 2.1 milhões. Para o Brasil, a estimativa é que para cada ano do triênio 2020-2022 ocorram 66.280 novos casos da doença. Isso representa um risco estimado de 61 casos a cada 100 mil mulheres.
E diante de dados tão alarmantes, precisamos retomar o assunto lá do início sobre como os fatores externos impactam no surgimento dos tumores. No caso do câncer de mama, por exemplo, a influência genética corresponde a apenas 5 a 10%. Assim como o próprio INCA já sinalizou, os hábitos e estilo de vida são bem mais relevantes, sendo fatores que incluem a alimentação, peso corporal, atividade física, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas e a amamentação.
Começando pela cozinha!
Até aqui podemos perceber que o câncer de mama é uma doença passível de prevenção, e a alimentação tem uma expressiva participação nisso! Confira as dicas:
Alimentos in natura e minimamente processados:
Como o próprio Guia Alimentar para a População Brasileira orienta, uma alimentação adequada e saudável tem como base os alimentos in natura e os minimamente processados, aqueles que preservam características fundamentais do alimento natural, como o arroz e o feijão que comemos em casa. Eles são nossas principais fontes de energia e nutrientes que garantem o bom funcionamento do organismo.
O INCA ainda reforça que as frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, sementes e nozes protegem contra o câncer, fortalecendo as defesas do corpo e ajudando o intestino a funcionar bem. Além disso, o Instituto ressalta que esses alimentos têm o poder de inibir a chegada de substâncias cancerígenas às células e de consertar o DNA danificado quando a agressão já começou. Se a célula foi alterada e não for possível consertar o DNA, alguns compostos promovem a sua morte, interrompendo a multiplicação desordenada.
Outro aspecto importante da alimentação com a prevenção do câncer de mama tem a ver com a manutenção do peso. Afinal, o excesso de gordura corporal provoca alterações hormonais e um estado inflamatório crônico que estimulam a proliferação celular, a apoptose reduzida, a instabilidade genômica e, consequentemente, o surgimento da doença.
Portanto, uma alimentação variada e rica em alimentos in natura de origem vegetal tem grande potencial de te proteger contra o sobrepeso, obesidade e, claro, o câncer. Se for aliada a alguma prática de atividade física, os resultados tendem a ser ainda melhores!
Os riscos dos ultraprocessados:
Alimentos como salgadinhos, biscoitos de pacote, temperos prontos, refeições congeladas e tantos outros que conhecemos por aí já são antigos vilões da nossa saúde. Mas quando o assunto é câncer, eles influenciam mais ainda!
Segundo o INCA, essa é uma categoria de alimentos ricos em gorduras, sódio, amidos ou açúcares e, portanto, promovem o excesso de peso que aumenta a chance de desenvolver pelo menos 12 tipos de câncer. Para agravar ainda mais a situação, eles são altamente saborosos e viciantes, o que aumenta ainda mais as chances de consumo excessivo.
Para reforçar ainda mais a importância da adoção de hábitos para a prevenção do câncer, estudos mostraram que ao seguir um estilo de vida mais saudável, incluindo alimentação e prática de atividade física, diminuiu em 19% a incidência de câncer de mama em mulheres e reduziu 60% a mortalidade por essa doença. Sendo assim, podemos encarar essa mudança de vida como uma prevenção primária.
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