A importância do uso correto de antibióticos
Você é o tipo de pessoa que tem uma ‘farmacinha’ em casa, com remédios para tratar aquelas indesejadas dores do dia a dia? Entre esses produtos você encontra alguma sobra de antibiótico? Se sim, fique atento: o uso incorreto desse tipo de medicamento pode fazer com que as bactérias desenvolvam resistência, fazendo com que o tratamento seja ineficaz.
Em 2050, uma pessoa morrerá a cada três segundos devido às consequências causadas pela resistência aos antibióticos, o que ultrapassará o índice de mortalidade do câncer. Por isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou a Semana Mundial de Uso Consciente de Antibióticos, que ocorre todo ano no mês de novembro, para alertar sobre o uso inadequado dos antibióticos. Leia até o final e saiba o que é a resistência bacteriana e como utilizar os antibióticos da forma correta!
O que são antibióticos?
Antibióticos são substâncias capazes de eliminar ou impedir a multiplicação de bactérias, por isso são usados no tratamento de infecções bacterianas. Sua descoberta revolucionou a história da medicina, pois anteriormente muitas pessoas morriam em decorrência de diversos tipos de infecções.
Como o uso incorreto torna as bactérias resistentes?
O maior erro ocorre quando o paciente, ao entender que já se curou, interrompe o tratamento e guarda as sobras do medicamento para usar no futuro, quando os sintomas reaparecem.
Com a tomada das primeiras doses, as bactérias mais frágeis começam a ser eliminadas e os sintomas melhoram. Se o paciente suspende o uso neste momento, as bactérias mais fortes, que continuam vivas, começam a se multiplicar novamente e os sintomas vão reaparecer. Como as novas bactérias são descendentes daquelas mais resistentes, é bem provável que o mesmo medicamento não cure mais esta infecção.
Como utilizar antibióticos corretamente?
• Nunca use antibióticos sem a indicação;
• Use a dose que foi prescrita e nos horários corretos – usar doses maiores não acelera a cura;
• Nunca pare o tratamento antes do prazo indicado, mesmo que os sintomas tenham melhorado;
• Não use antibióticos fora do prazo de validade – eles podem não fazer efeito e causar resistência bacteriana;
• Evite guardar sobras de antibióticos em casa, pois a quantidade geralmente não é suficiente para um novo tratamento;
• Alguns antibióticos são mais bem tolerados quando tomados com as refeições, enquanto outros devem ser tomados com o estômago vazio. O profissional de saúde orientará sobre a melhor maneira de usá-los para que a cura ocorra com o mínimo de efeitos colaterais.
Atenção! Nunca tome antibiótico por conta própria ou sugerido por amigos ou parentes, mesmo que tenha sido indicado para tratamento de sintomas parecidos com os seus.
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Sinusite é mais recorrente no tempo frio e seco, segundo especialista
A sinusite se torna mais comum no outono e no inverno devido a chegada dos dias mais frios e secos. De acordo com a Academia Americana de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço (AAO-HNSF), a doença afeta cerca de um a cada oito adultos nos Estados Unidos, sendo a causa da prescrição de antibióticos para adultos.
A sinusite é uma inflamação nas maçãs do rosto e na testa, além de atingir as vias respiratórias superiores. Segundo o otorrinolaringologista Flavio Henrique Barbosa, “em algumas regiões no mundo, até 40% dos adolescentes apresentam quadros da doença, sendo mais comuns em locais frios ou de grande variação climática”.
As mucosas existentes nas vias aéreas tendem a ressecar e ficarem irritadas com o tempo frio e seco, aliado a poluição. Dessa forma, elas se tornam um ponto propício para o aparecimento de bactérias e fungos, o que causa a infecção. A sinusite também pode decorrer de uma rinite, muito comum também e que pode ser alérgica ou viral.
Diagnóstico e tratamentos
“A doença pode ser aguda, quando os sintomas estão presentes por um período inferior a 12 semanas, ou crônica, quando o problema persiste por mais de três meses. Os casos mais graves são tratados com antibióticos”, explica o médico. Os principais sintomas da doença são cansaço, espirros, dor de cabeça na altura dos olhos, sensibilidade à luz, obstrução nasal, além de febre e tosse.
Para suavizar os incômodos, a orientação é que os pacientes façam lavagem nasal com soro fisiológico diariamente e mantenham uma boa hidratação tomando bastante água.
De acordo com o especialista, muitas pessoas que acreditam ter sinusite crônica, possuem na verdade um quadro recorrente de sinusite aguda. “O tratamento é diferente em cada caso, por isso é importante obter o diagnóstico correto. Nos casos da doença crônica, a cirurgia de sinusectomia pode ser uma opção para o tratamento e cura. Existem casos de sinusite fúngica, que não apresentam melhoras com antibióticos comuns. Além disso, existem exames específicos, como a nasofibroscopia, que ajudam no diagnóstico correto”, finalizou.
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