Colesterol: quais os riscos e por que você deve se preocupar
Sempre com fama de vilão, o colesterol é um conjunto de gorduras necessárias para o funcionamento do organismo. Ele faz parte da estrutura das células e é importante para a formação de hormônios, por exemplo. Mas, por que essa fama mal?
O dia 8 de agosto é lembrado como o Dia Nacional de Combate ao Colesterol, uma data alertar sobre os riscos desse, que pode ser um inimigo silencioso e que está por trás da principal causa de mortes no mundo: as doenças cardiovasculares. Continue aqui e entenda os riscos do colesterol, quais os tipos, e o que você pode fazer para controlá-lo.
O que é colesterol e quais os tipos?
O colesterol é um tipo de gordura que faz parte da estrutura das células do nosso organismo e que é importante para a produção de alguns hormônios e também de vitaminas. Acredita-se que ele seja sempre maléfico, o que não é verdade. O problema está quando o LDL, conhecido como colesterol ruim, está em excesso.
Existem, dois tipos de colesterol: o HDL e o LDL. O LDL, conhecido como colesterol ruim, é uma lipoproteína de baixa densidade que carreia as partículas de gordura do fígado e de outros locais para as artérias. Já o HDL, o colesterol bom, tem uma ação contrária a do LDL e atua como um “faxineiro”, removendo o colesterol das artérias e levando de volta para o fígado, impedindo seu acúmulo.
Quais as principais causas do colesterol ruim?
Muitos fatores podem contribuir para o aumento do colesterol, como tendências genéticas ou hereditárias, obesidade, diabetes, sedentarismo e idade. Mas, um dos fatores mais comuns é a dieta, já que 30% do colesterol do nosso organismo é proveniente da alimentação.
Quais as principais consequências do excesso de colesterol?
O excesso de colesterol ruim é que causa infarto e AVC (Acidente Vascular Cerebral) e também está associado às doenças cardíacas. O excesso de colesterol bom (HDL), por outro lado, até protege das doenças cardíacas. Por isso, quando medimos o colesterol total no sangue, precisamos sempre saber o quanto se deve ao colesterol bom e o quanto se deve ao ruim. Só o ruim precisa ser tratado.
Tratamento e prevenção:
Diferentes de outros problemas de saúde, o colesterol alto não apresenta sintomas. Para prevenir o diagnóstico, a orientação é investir em dietas ricas em alimentos naturais e na redução de alimentos industrializados. A atividade física regular também ajuda a controlar os níveis de gordura. Além disso, faça consultas médicas regulares para acompanhar os níveis e, caso eles estejam elevados, inicie o tratamento para controlá-los.
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Conheça os métodos, benefícios e riscos da cirurgia bariátrica
A cirurgia bariátrica é um procedimento voltado à perda de peso. Existem diversos tipos de cirurgia e a escolha do método mais adequado depende de algumas características do paciente. É extremamente importante lembrar que é um procedimento cirúrgico e deve ser uma decisão médica, e não apenas estética.
Segundo o Ministério da Saúde, para ser candidata à cirurgia, a pessoa deve tentar por pelo menos dois anos os métodos tradicionais de emagrecimento. Isso inclui reeducação alimentar, tratamento psicológico, atividade física e uso de medicamentos em casos específicos. Se nenhuma dessas alternativas trouxer uma resposta positiva, ela poderá ser avaliada e então fará todos os exames necessários para verificar a possibilidade de ser operada.
O gastroenterologista do Hospital Albert Sabin, Sergio Alexandre Barrichello, explica o cálculo utilizado para saber se o paciente é elegível à cirurgia bariátrica. “Atualmente, o índice de massa corporal (IMC), é o maior indicador para realização das cirurgias. Pacientes com IMC maior ou igual a 40 com doenças associadas, são indicados ao procedimento”, explica.
Segundo o especialista, diabéticos tipo II de difícil controle, com tempo de doença menor que 10 anos, e com IMC acima de 30, também são elegíveis à cirurgia bariátrica.
Métodos de cirurgia bariátrica
De acordo com o médico, existem diversos métodos de cirurgias. As mais comuns são:
– A Bypass, que consiste na diminuição do estômago e desvio do intestino. Essa é considerada uma cirurgia mista;
-Gastrectomia em manga (Sleeve), que é basicamente a retirada de 80% do estômago e não atua no intestino;
– E a Banda Gástrica, que é uma cinta colocada ao redor do estômago, limitando a passagem do alimento. Essa técnica está sendo progressivamente abandonada.
Quanto aos riscos e benefícios, vale lembrar que se trata de um procedimento cirúrgico e, portanto, sempre haverá riscos. “Com a melhora dos materiais e aumento das habilidades manuais dos cirurgiões, as taxas de complicações agudas são bastante baixas atualmente”, comenta o especialista.
“O emagrecimento traz uma melhora importante na qualidade de vida. Ele diminui de maneira consistente a ocorrência de doenças, como hipertensão arterial, diabetes Mellitus tipo II, doenças do coração, AVCs, depressão, infertilidade e alguns tipos de câncer”, ressalta.
Vale lembrar alguns mitos inerentes à cirurgia bariátrica, como, por exemplo, a mulher não poder engravidar após sua realização. “Pode sim, porém, o ideal é esperar por dois anos, tempo que ainda está perdendo peso”, esclarece o gastroenterologista.
Outra dúvida constante é a obrigação de submeter-se a cirurgias plásticas para a retirada de pele após o procedimento. Segundo o especialista, nem sempre há essa necessidade, pois depende do tamanho do emagrecimento, idade do paciente e até do tipo de pele.
“De modo geral, após a cirurgia, é muito importante comparecer aos retornos médicos agendados. Além de respeitar a dieta imposta pela equipe cirúrgica e, sobretudo, saber que é um procedimento grande e a conversa com seu médico deve ser levada à risca”, finaliza Barrichello.
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