Novembro Azul: a prevenção é o melhor remédio contra o câncer de próstata
Passado o Outubro Rosa, novembro ganha a cor azul e é a vez dos homens pararem para cuidar da saúde. No mês dedicado ao combate do câncer de próstata, alguns dados chamam a atenção: o câncer de próstata é o 2º tumor mais frequente entre os homens no Brasil, e um homem morre a cada 38 minutos vítima da doença, o que representa quase 30% dos casos oncológicos, conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
Apesar dos altos índices de cura, se identificado em fase inicial, por conta do preconceito que envolve o exame, muitos homens são diagnosticados quando a doença já está em estados mais avançados. Saiba mais sobre a doença, quais sintomas e como se cuidar.
O que é próstata?
É uma glândula do sistema reprodutor masculino, com cerca de 20 gramas, que cresce e se modifica a partir dos 40 anos de idade em todos os homens. A próstata fica localizada na frente da bexiga, envolvendo a porção inicial da uretra, tubo responsável por eliminar a urina armazenada na bexiga. O órgão produz parte do sêmen, liberado durante o ato sexual.
Como surge a doença?
Durante o funcionamento da próstata, algumas células podem se desenvolver e multiplicar de forma anormal, provocando o surgimento de um tumor.
Quais os sintomas?
Na fase inicial da doença, não existem sintomas aparentes. Somente a realização do exame periódico permite um diagnóstico precoce. Após o crescimento do tumor, os sinais e sintomas podem começar a aparecer, como sangramento na urina, vontade de urinar com frequência e dificuldades para urinar. Quando em estágio mais avançado, emagrecimento e dores na coluna podem ocorrer, significando que a doença progrediu.
Como é feito o diagnóstico?
A única forma de possibilitar a cura do câncer de próstata é com o diagnóstico precoce. Mesmo na ausência de sintomas, homens a partir dos 45 anos com fatores de risco, ou com 50 anos e sem estes fatores devem ir ao urologista para conversar sobre o exame de toque retal, que permite ao médico avaliar alterações da glândula, como endurecimento e presença de nódulos suspeitos, e sobre o exame de sangue PSA. Cerca de 20% dos pacientes com câncer de próstata são diagnosticados somente pela alteração no toque retal.
Como posso prevenir?
Adotar hábitos saudáveis diminui o risco de várias doenças, inclusive do câncer. O recomendado é manter uma alimentação saudável e equilibrada, rica em frutas, verduras, legumes, grãos, cereais integrais; ingerir menos gordura, principalmente as de origem animal, praticar regularmente atividades físicas, manter o peso ideal, identificar e tratar adequadamente a pressão alta, diabetes e problemas de colesterol e não fumar.
Fonte: Ministério da Saúde e Fundação do Câncer.
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Outubro Rosa: Qual é o papel da alimentação na prevenção do câncer de mama?
Você já ouviu falar muitas vezes da importância da alimentação adequada e saudável para a manutenção da saúde e até mesmo para a prevenção de doenças como obesidade, hipertensão e diabetes. Mas talvez ainda não tenha ouvido falar da relação que a sua comida tem com o surgimento do câncer de mama.
Muita gente se preocupa com o histórico familiar quando se fala dessa doença, e não está errado pensar assim. Afinal, o fator genético exerce um importante papel na formação de tumores. Acontece que, apesar disso, os fatores hereditários, familiares e étnicos estão relacionados a casos raros de câncer.
Para entender melhor a origem, é preciso deixar claro que a doença em si não possui uma única causa. É necessário observar os aspectos internos, como hormônios, condições imunológicas e mutações genéticas. Mas é preciso observar também os aspectos externos, que se referem àquilo que está presente no ambiente em que a pessoa está inserida.
Doença multifatorial
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), entre 80% e 90% dos casos de câncer estão associados a causas externas. O que significa dizer que as mudanças provocadas no meio ambiente pelo ser humano, os hábitos e os estilos de vida podem aumentar o risco de diferentes tipos da doença. E o câncer de mama também entra nessa conta!
O surgimento de tumores nos seios é algo que assombra e muito as mulheres em qualquer parte do mundo, afinal é o tipo mais incidente no gênero. Dados de 2018 mostram que ocorreram 18 milhões de novos casos de câncer no mundo todo, sendo o de mama o segundo mais recorrente, emplacando o expressivo número de 2.1 milhões. Para o Brasil, a estimativa é que para cada ano do triênio 2020-2022 ocorram 66.280 novos casos da doença. Isso representa um risco estimado de 61 casos a cada 100 mil mulheres.
E diante de dados tão alarmantes, precisamos retomar o assunto lá do início sobre como os fatores externos impactam no surgimento dos tumores. No caso do câncer de mama, por exemplo, a influência genética corresponde a apenas 5 a 10%. Assim como o próprio INCA já sinalizou, os hábitos e estilo de vida são bem mais relevantes, sendo fatores que incluem a alimentação, peso corporal, atividade física, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas e a amamentação.
Começando pela cozinha!
Até aqui podemos perceber que o câncer de mama é uma doença passível de prevenção, e a alimentação tem uma expressiva participação nisso! Confira as dicas:
Alimentos in natura e minimamente processados:
Como o próprio Guia Alimentar para a População Brasileira orienta, uma alimentação adequada e saudável tem como base os alimentos in natura e os minimamente processados, aqueles que preservam características fundamentais do alimento natural, como o arroz e o feijão que comemos em casa. Eles são nossas principais fontes de energia e nutrientes que garantem o bom funcionamento do organismo.
O INCA ainda reforça que as frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, sementes e nozes protegem contra o câncer, fortalecendo as defesas do corpo e ajudando o intestino a funcionar bem. Além disso, o Instituto ressalta que esses alimentos têm o poder de inibir a chegada de substâncias cancerígenas às células e de consertar o DNA danificado quando a agressão já começou. Se a célula foi alterada e não for possível consertar o DNA, alguns compostos promovem a sua morte, interrompendo a multiplicação desordenada.
Outro aspecto importante da alimentação com a prevenção do câncer de mama tem a ver com a manutenção do peso. Afinal, o excesso de gordura corporal provoca alterações hormonais e um estado inflamatório crônico que estimulam a proliferação celular, a apoptose reduzida, a instabilidade genômica e, consequentemente, o surgimento da doença.
Portanto, uma alimentação variada e rica em alimentos in natura de origem vegetal tem grande potencial de te proteger contra o sobrepeso, obesidade e, claro, o câncer. Se for aliada a alguma prática de atividade física, os resultados tendem a ser ainda melhores!
Os riscos dos ultraprocessados:
Alimentos como salgadinhos, biscoitos de pacote, temperos prontos, refeições congeladas e tantos outros que conhecemos por aí já são antigos vilões da nossa saúde. Mas quando o assunto é câncer, eles influenciam mais ainda!
Segundo o INCA, essa é uma categoria de alimentos ricos em gorduras, sódio, amidos ou açúcares e, portanto, promovem o excesso de peso que aumenta a chance de desenvolver pelo menos 12 tipos de câncer. Para agravar ainda mais a situação, eles são altamente saborosos e viciantes, o que aumenta ainda mais as chances de consumo excessivo.
Para reforçar ainda mais a importância da adoção de hábitos para a prevenção do câncer, estudos mostraram que ao seguir um estilo de vida mais saudável, incluindo alimentação e prática de atividade física, diminuiu em 19% a incidência de câncer de mama em mulheres e reduziu 60% a mortalidade por essa doença. Sendo assim, podemos encarar essa mudança de vida como uma prevenção primária.
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Vai viajar? Lembre-se que o diabetes não tira férias
A chegada das férias traz consigo a vontade de abandonar as preocupações e cuidados diários com o corpo. Não à toa que, nessa época, muita gente deixa de lado a alimentação saudável e as idas à academia. Contudo, para os pacientes com Diabetes, esse costume apresenta riscos e pode gerar graves consequências à saúde.
No Brasil, cerca de 13 milhões de pessoas convivem com o diabetes. Esse número pode aumentar para 24 milhões até 2045, segundo dados da SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes). Devido a isso, levanta-se a necessidade de conscientizar e alertar a população sobre os riscos que a falta de tratamento adequado pode gerar.
Para os pacientes que já são adeptos aos cuidados e estilo de vida que controlam o diabetes, é bom sempre ter em mente que eles precisam ser mantidos até em viagens.
Confira algumas dicas para uma boa jornada de descanso:
É preciso planejamento
Assim como é preciso planejar as excursões e horários antes da viagem, é recomendado o mesmo em relação ao diabetes. Juntos, médico e paciente poderão traçar um plano alimentar sobre o que consumir ou não durante o roteiro. Antes de pesquisar os pontos turísticos da cidade é preciso ficar atento às farmácias e aos hospitais mais próximos de onde ficará hospedado.
Produtos de cuidados com o diabetes devem ficar na bagagem de mão
O medidor da glicemia, os aparelhos e medicamentos de uso diário devem ser colocados na bagagem de mão. Assim evita-se que eles se danifiquem e garante a utilização durante o percurso, caso preciso.
Se a viagem for de avião, é exigido levar a prescrição e uma declaração médica atestando que o paciente tem diabetes e está com a insulina e outros medicamentos para utilizá-los quando necessário.
Quanto à quantidade de insumos que devem ser levados, o ideal é carregar sempre uma reserva a mais para possíveis imprevistos.
Também é importante deixar tudo em suas respectivas embalagens originais para não danificar. Atente-se para os cuidados com a manipulação que o produto demanda (em caráter especial a insulina, que não pode estar em ambientes quentes).
Para quem vai dirigir
Para quem vai dirigir, vale lembrar alguns cuidados que devem ser tomados antes, durante e depois do caminho. O teste de glicemia deve ser feito antes de sair de casa e a cada três ou quatro horas de direção (ou quando suspeitar de hipoglicemia). Durante as paradas, caminhar um pouco e alongar as pernas é muito importante para evitar dores e inchaços.
Não esqueça os snacks
Eles são essenciais e precisarão estar com você todos os dias – nas excursões, festas e eventos. Eles podem ser consumidos caso alguma refeição atrase ou haja muito trânsito no caminho.
É preciso lembrar que esses lanches devem ser saudáveis, como barras de cereal, iogurtes desnatados ou frutas. Evite utilizar alimentos ricos em carboidrato e gordura, como lanches, pois eles podem desregular os níveis de açúcar no sangue.
Não descuide da alimentação
É normal que em roteiros diferentes, a quantidade ingerida de carboidratos simples, açúcares e bebidas alcoólicas aumente. Contudo, portadores de diabetes e com restrições alimentares devem prestar atenção para não descuidar totalmente da alimentação.
O segredo é variar os tipos de alimentos ingeridos, sem exagerar em nenhum deles. Inclua fibras nas refeições, já que elas retardam a absorção dos carboidratos e controlam a glicemia.
É aconselhável intercalar o consumo moderado de bebida alcoólica com água em abundância, lembrando sempre que a medição deve ser feita antes e depois de toda refeição.
Esses são cuidados básicos para quem tem diabetes poder viajar com tranquilidade sem se preocupar com possíveis transtornos. É possível conviver com a diabetes, basta saber se cuidar e evitar qualquer exagero.
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