Outubro Rosa: quais os sintomas do câncer de mama e como fazer o autoexame
No mês de outubro, o mundo inteiro se reúne em prol de uma luta: o câncer de mama. Por isso, desde 1990 é celebrado o Outubro Rosa, uma campanha que tem o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença e contribuir para a redução da mortalidade.
O câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo e, quando descoberto no início, tem 95% de chance de cura. Entenda mais sobre a doença, os sintomas e saiba como realizar o autoexame!
Sintomas:
O câncer de mama pode apresentar sintomas. Os principais são: nódulo na mama, inchaço em parte da mama semelhante à casca de laranja, irregularidades ou retrações na pele, dor ou inversão do mamilo, vermelhidão e descamação do mamilo ou na pele da mama, saída de secreção pelo mamilo, particularmente se for sanguinolenta ou translúcida, nódulo nas axilas.
Como fazer o autoexame?
Cerca de 80% dos tumores de mama são descobertos pelas próprias mulheres, por isso, o autoexame e a mamografia são armas poderosas na prevenção e diagnóstico. A realização do autoexame é recomendada para todas as mulheres maiores de 20 anos de idade e deve ser feita uma vez por mês, todos os meses, entre o 3º e o 5º dia após a menstruação. Veja como fazer!
Em frente ao espelho
– Observe os dois seios, primeiramente com os braços caídos;
– Coloque as mãos na cintura fazendo força;
– Coloque-as atrás da cabeça e observe o tamanho, posição e forma do mamilo;
– Pressione levemente o mamilo e veja se há saída de secreção.
Em pé (pode ser durante o banho)
– Levante o braço esquerdo e apoie-o sobre a cabeça;
– Com a mão direita esticada, examine a mama esquerda;
– Divida o seio em faixas e analise devagar cada uma delas. Use a polpa dos dedos e não as pontas ou unhas;
– Faça movimentos circulares, de cima para baixo. Repita os movimentos na outra mama.
Deitada
– Coloque uma toalha dobrada sob o ombro direito para examinar a mama direita;
– Sinta a mama com movimentos circulares, fazendo uma leve pressão;
– Apalpe a metade externa da mama (é mais consistente) e depois as axilas;
– Inverta o procedimento para a mama esquerda.
Além de realizar o autoexame, mulheres entre 50 a 69 anos devem realizar a mamografia a cada dois anos. Lembre-se também de que a melhor forma de prevenção é a adoção de um estilo de vida saudável, com alimentação equilibrada e atividade física, evitando-se o álcool e o cigarro. Previna-se!
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Outubro Rosa: Qual é o papel da alimentação na prevenção do câncer de mama?
Você já ouviu falar muitas vezes da importância da alimentação adequada e saudável para a manutenção da saúde e até mesmo para a prevenção de doenças como obesidade, hipertensão e diabetes. Mas talvez ainda não tenha ouvido falar da relação que a sua comida tem com o surgimento do câncer de mama.
Muita gente se preocupa com o histórico familiar quando se fala dessa doença, e não está errado pensar assim. Afinal, o fator genético exerce um importante papel na formação de tumores. Acontece que, apesar disso, os fatores hereditários, familiares e étnicos estão relacionados a casos raros de câncer.
Para entender melhor a origem, é preciso deixar claro que a doença em si não possui uma única causa. É necessário observar os aspectos internos, como hormônios, condições imunológicas e mutações genéticas. Mas é preciso observar também os aspectos externos, que se referem àquilo que está presente no ambiente em que a pessoa está inserida.
Doença multifatorial
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), entre 80% e 90% dos casos de câncer estão associados a causas externas. O que significa dizer que as mudanças provocadas no meio ambiente pelo ser humano, os hábitos e os estilos de vida podem aumentar o risco de diferentes tipos da doença. E o câncer de mama também entra nessa conta!
O surgimento de tumores nos seios é algo que assombra e muito as mulheres em qualquer parte do mundo, afinal é o tipo mais incidente no gênero. Dados de 2018 mostram que ocorreram 18 milhões de novos casos de câncer no mundo todo, sendo o de mama o segundo mais recorrente, emplacando o expressivo número de 2.1 milhões. Para o Brasil, a estimativa é que para cada ano do triênio 2020-2022 ocorram 66.280 novos casos da doença. Isso representa um risco estimado de 61 casos a cada 100 mil mulheres.
E diante de dados tão alarmantes, precisamos retomar o assunto lá do início sobre como os fatores externos impactam no surgimento dos tumores. No caso do câncer de mama, por exemplo, a influência genética corresponde a apenas 5 a 10%. Assim como o próprio INCA já sinalizou, os hábitos e estilo de vida são bem mais relevantes, sendo fatores que incluem a alimentação, peso corporal, atividade física, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas e a amamentação.
Começando pela cozinha!
Até aqui podemos perceber que o câncer de mama é uma doença passível de prevenção, e a alimentação tem uma expressiva participação nisso! Confira as dicas:
Alimentos in natura e minimamente processados:
Como o próprio Guia Alimentar para a População Brasileira orienta, uma alimentação adequada e saudável tem como base os alimentos in natura e os minimamente processados, aqueles que preservam características fundamentais do alimento natural, como o arroz e o feijão que comemos em casa. Eles são nossas principais fontes de energia e nutrientes que garantem o bom funcionamento do organismo.
O INCA ainda reforça que as frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, sementes e nozes protegem contra o câncer, fortalecendo as defesas do corpo e ajudando o intestino a funcionar bem. Além disso, o Instituto ressalta que esses alimentos têm o poder de inibir a chegada de substâncias cancerígenas às células e de consertar o DNA danificado quando a agressão já começou. Se a célula foi alterada e não for possível consertar o DNA, alguns compostos promovem a sua morte, interrompendo a multiplicação desordenada.
Outro aspecto importante da alimentação com a prevenção do câncer de mama tem a ver com a manutenção do peso. Afinal, o excesso de gordura corporal provoca alterações hormonais e um estado inflamatório crônico que estimulam a proliferação celular, a apoptose reduzida, a instabilidade genômica e, consequentemente, o surgimento da doença.
Portanto, uma alimentação variada e rica em alimentos in natura de origem vegetal tem grande potencial de te proteger contra o sobrepeso, obesidade e, claro, o câncer. Se for aliada a alguma prática de atividade física, os resultados tendem a ser ainda melhores!
Os riscos dos ultraprocessados:
Alimentos como salgadinhos, biscoitos de pacote, temperos prontos, refeições congeladas e tantos outros que conhecemos por aí já são antigos vilões da nossa saúde. Mas quando o assunto é câncer, eles influenciam mais ainda!
Segundo o INCA, essa é uma categoria de alimentos ricos em gorduras, sódio, amidos ou açúcares e, portanto, promovem o excesso de peso que aumenta a chance de desenvolver pelo menos 12 tipos de câncer. Para agravar ainda mais a situação, eles são altamente saborosos e viciantes, o que aumenta ainda mais as chances de consumo excessivo.
Para reforçar ainda mais a importância da adoção de hábitos para a prevenção do câncer, estudos mostraram que ao seguir um estilo de vida mais saudável, incluindo alimentação e prática de atividade física, diminuiu em 19% a incidência de câncer de mama em mulheres e reduziu 60% a mortalidade por essa doença. Sendo assim, podemos encarar essa mudança de vida como uma prevenção primária.
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