No combate ao Coronavírus, as máscaras caseiras têm contribuído para evitar a propagação do vírus. O uso de máscaras diminui a exposição e o risco de contaminação da Covid-19.
Um método eficaz para reduzir o contágio do Coronavírus é o isolamento social. Mas nem sempre é possível ficar isolado 100%. Pois há uma saída necessária para ir ao supermercado, por exemplo, ou no caso de algumas pessoas que não podem optar pelo home office.
Para esses casos, o uso de máscaras caseiras pode funcionar como um importante recurso para diminuir a exposição e o risco de contaminação. O Coronavírus é espalhado por gotículas expelidas por pessoas contaminadas quando conversam, tossem ou espirram. As máscaras atuam como barreira física para reduzir a formação de gotículas.
Pensando nisso, as autoridades da saúde no Brasil recomendam que a população comece a utilizar máscaras faciais. Porém com uma ressalva: as máscaras profissionais devem ser de uso exclusivo de profissionais de saúde que estão atuando no atendimento dos pacientes. Ou seja, como forma de prevenção no geral, é recomendado o uso de máscaras caseiras.
A supervisora de enfermagem da SOS Vida, Samanta Campos, explica que “atualmente é percebido um fornecimento irregular de máscaras do tipo cirúrgica, N95 e PFF2, que são EPIs indispensáveis para todas as instituições de saúde. Por isso é importante que seu uso seja exclusivo para profissionais de saúde, pacientes com Covid-19 e seus cuidadores”.
Recomendações de órgãos de Saúde
A nova recomendação do Ministério da Saúde e da Anvisa é que a população em geral adote o uso de máscaras de outros materiais (TNT, algodão etc.), produzidas em casa ou por empresas.
No começo de abril deste ano, o ex-ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, informou que era possível criar uma máscara em casa. “Você pode fazer uma máscara ‘barreira’ usando um tecido grosso, com duas faces. Não precisa de especificações técnicas. Ela faz uma barreira tão boa quanto as outras máscaras. A diferença é que ela tem que ser lavada pelo próprio indivíduo para que se possa manter o autocuidado. Se ficar úmida, tem que ser trocada. Pode lavar com sabão ou água sanitária, deixando de molho por cerca de 20 minutos. E nunca compartilhar, porque o uso é individual”, explica.
Especialistas explicam que o uso de máscaras caseiras pode reduzir de 60 a 70% da carga do vírus exalada pela pessoa contaminada, esteja ela sintomática ou não. Dessa forma, reduzem as possibilidades de contaminação de outras pessoas, protegendo a si mesmo e a outros.
“O uso das máscaras caseiras devem contribuir para reduzir a circulação do vírus entre as pessoas que circulam em ambientes públicos. Porém, é preciso lembrar que não é uma medida 100% eficaz, por isso os cuidados com higiene e o afastamento social devem ser respeitados”, explica Samanta.
Riscos do uso inadequado
É preciso tomar alguns cuidados com relação ao manuseio das máscaras caseiras ou profissionais. Há suspeitas de casos de Coronavírus na Itália, em que os profissionais de saúde se contaminaram ao remover os Equipamentos Individuais de Proteção (EPI). Portanto a orientação é segurar nas alças ao retirar a máscara, evitando o contato com a área úmida.
Em seguida, é recomendável lavar a mão. Também é necessário cuidado para não tocar na máscara e no rosto com a mão suja. Após o uso, a máscara deve ser guardada eu uma sacola plástica ou envelope de papel.
A máscara protege a boca e nariz, contudo também há risco de contágio pela mucosa dos olhos. Por isso, é indicado evitar aglomeração e manter o isolamento social mesmo para quem está de máscara.
Uma medida importante é trocar o objeto a cada 2 horas ou quando estiver molhado. Portanto, é indicado ter entre 4 e 5 máscaras caseiras em casa, que podem ser lavadas após o uso com água e sabão.